Acorda, 11:15, quero teu cartão do banco emprestado! Hoje acordei meio atordoada com a minha mãe me chamando… E esse horário de verão ta confundindo meu sono. Levantei com aquela vontade de parar o mundo, sumir com os compromissos e dormir. Sem motivo. Sem pensamento. Sem culpa. Só dormir. Alias, quer dormir comigo? Ah, me desculpa, já comecei falando e falando e nem me apresentei. Tudo bem? Minha vida é baseada em altos e baixos, igual a sua, porém, estou passando por um momento em que parece que os pontos nela só caem. Acho que eu to procurando o novo, o que não foi inventado ainda, ou talvez só não tenha sido nomeado. 

Parece que toda vez em que eu procuro alguma coisa, algo me distrai. Meu pensamento nunca é o mesmo, um dia sim, outro não… Uma coisa é certa: sou geminiana, e acho que isso justifica quase todos os meus problemas, ou o que eu julgo ser um problema pela minha cabeça dramática e bipolar. 

Acordei me sentindo bem hoje, mas, estranha. Sabes quando te falta alguma coisa? Na verdade faltava. E eu sabia o que era, só não quis pensar que aquilo me fazia falta. Esqueci, e meu dia continuou. Chato. Que dia chato! Trabalhos escolares inacabados, dor nas pernas, discussões… Enfim, quando eu tinha um dia chato como esse, eu corria para um ponto de tranquilidade, desabafava e ficava tudo melhor. O problema é que este ponto sumiu de perto de mim, se afastou. Engraçado, eu amo ler, mas não gosto de escrever, e hoje estou escrevendo, como forma de descanso… Quero meu ponto de volta. Escrever pro nada pra contar como foi meu dia, ou o que se passa pela minha cabeça, não é muito legal, o computador não vai me aconselhar, ou rir da minha cara… O que? Pelo meu coração? Não, jamais direi o que se passa por dentro dele, até porque, nem eu mesma sei, é um quebra-cabeça que se monta e desmonta sem eu nem perceber, trocando tudo de lugar. Agora, chega de blablabla que já é tarde! Eai vem dormir comigo? Preciso de uma companhia agradável. Se vieres, não precisa de travesseiro que já tenho dois. Até mais tarde, talvez. Oh droga, ainda não me apresentei… Que velha mania de começar algo e não terminar… Desculpe-me.